O mundo está tentando entender o quão sério Trump está sobre a ideia de taxar todas as importações para os EUA, sejam elas de países aliados ou rivais.
Ele não falou apenas sobre países específicos, como a China, ou setores individuais, como eletrodomésticos, mas sobre a possibilidade de taxar tudo, de qualquer lugar.
Durante a campanha, ele ameaçou impor tarifas de todos os tipos para alcançar uma série de objetivos diplomáticos: conter a China, proteger o papel do dólar e impedir a imigração ilegal, por exemplo.
“Tarifa é a palavra mais bonita do dicionário”, declarou ele, vendo nela uma arma, uma forma de pressão que pretende usar.
Se de uma hora para outra esses importados forem sobretaxados, o consumidor americano ou vai topar pagar mais caro para ter acesso ao produto de qualquer forma (o que os economistas chamam de demanda pouco elástica), ou vai deixar de comprar porque acha que ele ficou caro demais, com impacto na redução do consumo.
Nesse último caso, a consequência para os parceiros comerciais, como o Brasil, é direta: diminuição do volume de exportações.
Algumas regiões, como a União Europeia, já estão se preparando com listas de ações retaliatórias contra os EUA, temendo que, da última vez, não tenham levado as ameaças de Trump a sério o suficiente.
Isso também levanta grandes questões para o Reino Unido, que precisará decidir se deve se alinhar com um lado específico ou tentar mediar em um possível conflito comercial transatlântico.